A revitalização
do porto maravilha, lançado em 2009, pelo prefeito Eduardo Paes, tem como finalidade
utilizar a cultura-entretenimento como atrativo para a venda de uma cidade
espetáculo em escala global, ou seja, ocasiona a transformação da vida urbana e
da cidade em mercadoria, essas ações são um fenômeno que vem tomando cada vez
mas força em diversas partes do mundo, neste processo, a cultura se torna
instrumento de controle simbólico, especialmente em estratégias de
desenvolvimento urbano, temos como exemplo, os Estados Unidos, a Europa e mas
recente nos países latino-americanos, projetos de renovação ou revitalização
urbana em áreas centrais e frentes
marítimas ,tais projetos demostram o esforço em inserir a cidade na competição
global do turismo, sob lógica do mercado, torná-la refém dos grandes empreendedores.
No lugar de territórios tidos como degradados ou subutilizados propõe-se, agora
uma cidade espetáculo, cenário e vitrine para o consumo, onde megaprojetos
atuam como vitrine publica da renovação, tentando despertar o orgulho e a
adesão dos cidadãos e pretendendo neutraliza os muitos conflitos sociais. O
projeto porto maravilha inclui amplas intervenções urbanistas, melhoramento do
sistema viário, implantação de redes de saneamento e de serviços e demolição de
parte do elevado perimetral, além da recuperação e implantação de uma área comercial,
residencial, de lazer, centros culturais, turismo e hotelaria e de grandes
empreendimentos verticais comercias de sedes de empresas publicas e
privada. Contudo buscamos refletir sobre
a urbanidade no mundo contemporâneo, isto implica em reconhecer a relação entre espaço
concebido pelos urbanistas e o espaço vivido, sendo tal palco das relações
sociais cotidianas. Em contraposição a uma cidade-espetáculo que relaciona a
cultura de grandes equipamentos de entretenimento voltados para o turismo e o
consumo, o texto abordado busca descortinar as múltiplas identidades
territoriais, expressões culturais e corporais presentes nos espaços público da
zona portuária do Rio de Janeiro, esta revitalização urbana do porto maravilha
tem como finalidade buscar ações de valorização cultural, contribuindo para o
avanço e planejamento urbano em áreas de valor patrimonial, acredita-se na
importância de reconhecer a troca social, a diversidade e o conflito na
transformação dos meios urbanos, além de estudar a cultura como campo de
produção de valores, significados e da tomada de consciência sobre direitos,
como o direto á cidade, pensada de forma democrática e coletiva.
Um dos equipamentos
de cultura e entretenimento do projeto Porto Maravilha, já em fase de execução,
é o museu de arte do rio (MAR), como projeto arquitetônico assinado pelo
escritório de Thiago Bernardes e Paulo Jacobsen. A proposta une, por meios de
passarelas, o palacete D. João VI, edifício neoclássico construído em 1916 e
tombado como patrimônio, onde será abrigado uma exposição permanente sobre História do Rio de Janeiro, e o edifício
modernista ao lado, adaptado para receber a Escola do Olhar, uma instituição
que estimula a criatividade com um projeto de educação visual. Também em
parceria com a fundação Roberto Marinho, o principal equipamento cultural
âncora do ambicioso projeto de ‘revitalização’ para a área do Porto do Rio de
Janeiro é o Museu do Amanhã. Muitos fatores levam aos planos e projetos urbanos
a serem concebidos com intuito de reinventar identidades e compor uma nova
imagem ás cidades, reconfigurando, também grupos sociais e modos de
apropriação.
- Análise Crítica:
Nenhum comentário:
Postar um comentário